terça-feira, 23 de março de 2010

REAJUSTE SALARIAL! NÃO DEU NEGOCIAÇÃO!



O SINPRONORTE convoca a todos os associados para Assembleia Geral dia 26/03/2010 (sexta-feira), às 18h30min, na Sede do Sinpronorte (Rua Itaiópolis, 467 - América).

Venha discutir os rumos da Negociação Coletiva!


IMPASSES DA NEGOCIAÇÃO:

1 - REAJUSTE SALARIAL - 9,8% (Escolas só ofereceram 5%);
2 - PISO ESTADUAL - R$ 679,00 para os administrativos (Já sinalizado positivamente pelas escolas);
3 - PISO NACIONAL DOS PROFESSORES 40H - R$ 1.024,67 (Negado pelas escolas);
4 - PERÍODO DE ESTABILIDADE - 36 meses antes da aposentadoria (Escolas propõem apenas 24 meses);
5 - RECESSO ESCOLAR - De 31/12 a 02/01 para os administrativos (Negado pelas escolas);
6 - COMPENSAÇÃO E BANCO DE HORAS - Proposto pelas escolas (Não aceitamos);
7 - BOLSA DE ESTUDO - Manutenção e controle da distribuição de bolsas pelo Sinpronorte (Escolas reivindicam o controle);
8 - REDUÇÃO DA JORNADA SEMANAL DE TRABALHO PARA 40 HORAS - (Negado pelas escolas);
9 - ADICIONAL DA HORA ATIVIDADE DE 25% PARA OS PROFESSORES - (Negado pelas escolas).




ASSEMBLEIA GERAL
Data: 26/03/10 (Sexta-feira)
Horário: 18h30min
Local: Sede do Sinpronorte (Rua Itaiópolis, 467 - América)



CONTAMOS COM SUA PRESENÇA!


Expediente

Jornalista Responsável: Cristiane Kamarowski - SC-02426-JP
E-mail: imprensa@sinpronorte.org.br
Fone: (47) 3433 1100/ (47) 9605 9500

sexta-feira, 12 de março de 2010

Negociação Coletiva vai para Dissídio



Uma hora e quinze minutos. Foi o tempo exato de duração da quinta rodada de negociações entre a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado e Fundações Públicas de Direito Privado e/ou Comunitárias do Estado de Santa Catarina – Fetraesc e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino - Sinepe/SC, realizada no dia 5 de março, em Florianópolis.

Após esse tempo, a reunião, que tinha duração prevista de duas horas, foi interrompida devido à impossibilidade de avanços no processo negocial. Em cinco rodadas de negociação, o sindicato patronal não negociou nenhuma das principais cláusulas defendidas pelos trabalhadores. Além disso, tentou, de diversas formas, retirar conquistas da convenção vigente, numa nítida tentativa de desarticular a base com os representantes sindicais.




Sem negociação, a Fetraesc decidiu ajuizar o dissídio coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho. No embate com o Sinepe, os seis sindicatos dos trabalhadores que compõem a Fetraesc defendiam, sobretudo, suas principais cláusulas para fechar a negociação: Piso Salarial, Reajuste Salarial, Redução de Jornada, Instituição da Hora Atividade e Retirada da Compensação de Horas (Banco de Horas) da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente.

No entanto, o presidente do Sinepe sinalizou sua recusa ao debate já na primeira rodada, quando afirmou que somente seria possível iniciar uma negociação tendo como base a atual Convenção Coletiva. Mais do que isto, os dirigentes dos sindicatos dos trabalhadores perceberam, logo de início, que as proposições do Sinepe eram de retirar conquistas, entre elas mexer na cláusula da bolsa de estudos. Não há dúvida que, além da fragilidade dos trabalhadores frente ao poder da classe patronal, os proprietários de estabelecimentos de ensino querem também desmobilizar a classe, enfraquecendo nossas entidades representativas.




Conheça os motivos:


1 - REAJUSTE - A proposta do Sinepe é repassar, somente, 5% de reajuste, sendo que o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) fechou em 4,77%, o que daria um ganho real de 0,24%. Ganho irrisório, se considerarmos as perdas acumuladas nos últimos anos.

2 - PISO ESTADUAL - Aceitaram a proposta do Piso Estadual, de R$ 679,00 para os auxiliares. O Sinepe só concedeu esta reivindicação por ser lei. Eles sabem que é preciso conceder este direito ao trabalhador. No entanto, o Sinepe não está mais considerando a diferença de 33% entre os técnicos administrativos e serviços gerais.

3 - PERÍODO DE ESTABILIDADE - Aceitaram aumentar, de 22 para 24 meses, o tempo de estabilidade para os profissionais que estão em vias de se aposentar. Conquista que atinge um número muito reduzido de trabalhadores.

4 - RECESSO ESCOLAR - O Sinepe não aceitou que o período de 23 de dezembro a 2 de janeiro não seja considerado férias coletivas.

5 - BANCO DE HORAS - O Sinepe quer implantar banco de horas para os técnicos. Os sindicados não são favoráveis, mas aceitariam desde que esta prática fosse regulamentada, em cada escola, via acordos coletivos com a participação dos sindicatos. Os sindicatos têm recebido denúncias de que os técnicos precisam aceitar o banco de horas ou são demitidos. A decisão precisa ser mediada pelos dirigentes sindicais, que têm seu trabalho assegurado por lei, caso contrário os professores irão sempre aceitar a proposta do patrão, para manter seus empregos. A proposta não foi aceita pelo Sinepe. Os sindicatos dos trabalhadores preferem levar o impasse a dissídio.

6 - OMPENSAÇÃO DE HORAS - A proposta dos sindicatos dos trabalhadores é retirar esta cláusula da Convenção vigente. Os dirigentes entendem que esta cláusula legitima um banco de horas, assim como acontece com os técnicos. O Sinepe não aceitou.

7 - BOLSA DE ESTUDO - A proposta do Sinepe é pela manutenção do percentual atual, de 25%, mas com alteração na cláusula da Convenção vigente. O patronal exige que os critérios de distribuição devem ser definidos pelas escolas, ou seja, tirando do sindicato o controle das bolsas. Em regiões onde os sindicatos optaram por não interferir na forma como as escolas ou universidades distribuiriam suas bolsas de estudos houve todos os tipos de abuso. Suspeita-se que bolsas são concedidas a parentes de pessoas que exercem influência política ou econômica nas instituições, para agremiações estudantis (uma forma de desmobilização dos estudantes), para vereadores etc. Os sindicatos entendem que é preciso, neste momento, atuar de forma mais efetiva na regulamentação e no controle das distribuições, construindo critérios a serem definidos junto aos trabalhadores, respeitando princípios básicos, como o grau de carência. Esse trabalho já vem sendo feito em alguns municípios. O processo deve ser transparente, aberto para todos. Outro motivo da intransigência do sindicato patronal na alteração desta cláusula, é que em muitos casos a bolsa de estudo garantida em Convenção é utilizada como prática filantrópica. Há uma nítida tentativa da classe patronal de capitalizar para si um conquista da categoria.

8 - REDUÇÃO DA JORNADA - A proposta dos sindicatos dos trabalhadores é de reduzir a jornada dos técnicos administrativos de 44 para 40 horas semanais, proporcionando melhor qualidade de vida.



Fonte: Fetraesc (adaptado)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Fetraesc interrompe rodada de negociação e surge a possibilidade de dissídio



A assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) deste ano poderá ser decidida na Justiça do Trabalho. A possibilidade da Negociação Coletiva 2010 terminar em dissídio ganhou força após a quarta rodada de negociações, realizada na tarde desta terça, dia 2, na sede do Sinepe, em Florianópolis.

Diante de um amontoado de falácias e da má vontade demonstrada pelo presidente do sindicato patronal em atender as reivindicações dos trabalhadores, os dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado e Fundações Públicas de Direito Privado e/ou Comunitárias do Estado de Santa Catarina – Fetraesc decidiram colocar um ponto final na reunião. “Estamos diante de um impasse. Se não dá mais para avançar, não temos motivos para ficar vindo a Florianópolis. Só nos resta tomar as medidas necessárias”, afirmou o secretário de Administração e Finanças da Fetraesc, Lourivaldo Schülter, do Sinpronorte.

Utilizando em seu discurso exemplos em que o trabalhador sempre age de má-fé, o presidente do Sinepe mostrou-se inflexível quanto a questões importantes para os trabalhadores, como a compensação de horas, a administração das Bolsas de Estudos e o ganho real para os professores.




Sem posicionamentos claros, o representante da classe patronal foi pressionado pelo secretário adjunto de Administração e Finanças da Federação, Jailson de Jesus. “Até o momento, não tivemos nada de concreto da sua parte. Nenhuma posição”, questionou Jesus. Como resposta, o presidente do Sinepe limitou-se a dizer: “ofertamos a vocês a manutenção da atual CCT”.

Diante da velha desculpa de que os custos judiciais e administrativos impedem o ganho real para os trabalhadores, o secretário adjunto de Organização da Fetraesc, Erivelton Konfidera, lembrou que não houve, desde o ano passado, nenhuma novidade que trouxesse aumento a esses custos.

Além disso, Lourivaldo Schülter e a secretária adjunta de Comunicação, Roberta Peinador, do Sinpro Itajaí e Região, contestaram a falsa informação de que a matrícula nas escolas da Rede Privada estaria diminuindo. Mostrando visível descontrole, o defensor da classe patronal saiu-se com a pérola: “eu detesto dados, porque eles estão errados”. Os dirigentes da Fetraesc lembraram ao presidente do Sinepe que estes dados por ele repelidos com tamanha veemência são enviados pelas próprias escolas.




Voltando um pouco à realidade, o representante dos estabelecimentos de ensino tentou consertar: “não é que os dados estejam errados, o problema é a maneira de interpretá-los”.

Ao assistir uma performance deste nível, sem posicionamentos concretos e possibilidades de avançar as negociações, a Fetraesc manifestou seu posicionamento. “Não adianta perder tempo. Se não há possibilidades de avanço, paciência. Este ano vai ser diferente”, declarou Lourivaldo Schülter.

Neste momento, a reunião foi interrompida, uma hora e 25 minutos após o seu início, com a retirada dos integrantes da Fetraesc. A duração prevista era de duas horas.


Fonte: Fetraesc

terça-feira, 2 de março de 2010

Piso salarial e saúde do trabalhador são os principais pontos da terceira rodada da Negociação Coletiva 2010



Mais uma vez o piso salarial foi o assunto mais debatido durante uma rodada de negociações entre representantes dos trabalhadores em Educação e dos estabelecimentos de ensino. O terceiro encontro da Negociação Coletiva 2010 aconteceu na tarde de sexta-feira, dia 26, na sede do Sinepe, em Florianópolis.

Diante da argumentação dos representantes dos sindicatos que integram a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado e Fundações Públicas de Direito Privado e/ou Comunitárias do Estado de Santa Catarina – Fetraesc, a falta de objetividade e a postura inflexível do presidente do sindicato patronal dificultaram as negociações. Como resultado, tivemos uma terceira rodada sem avanços no processo negocial.




“Vou levar a questão para discutir com as escolas, mas sei que não vai passar”, afirmou o presidente do Sinepe sobre a questão do piso salarial. Os professores, por sua vez, lembraram o crescimento pelo qual passa o país e também a boa fase do setor da educação privada em Santa Catarina. “Este é o momento para nós, sujeitos políticos, ajudarmos a mudar, a melhorar a imagem da educação privada, através do nosso trabalho”, respondeu o secretário de Assuntos Jurídicos, Relações Trabalhistas e Intersindicais da Fetraesc, Valdir Schwengber, do Sinpaaet.

O presidente do Sinepe tentou justificar a falta de perspectiva de ganho real para os professores com o chamado “Custo Brasil”. Diante desta argumentação, a coordenadora geral da Federação, Adércia Hostin, do Sinpro Itajaí e Região, chamou a atenção para a necessidade de garantir a qualidade de vida para os trabalhadores. “A falta de qualidade de vida dos profissionais também tem um custo. Devemos humanizar as relações de trabalho”, ponderou.




Defendendo a sua visão mercadológica do processo educativo, o representante das escolas foi categórico. “A Educação é um negócio, sim. E todos devem ser bem remunerados por isso”, posicionou-se. Os dirigentes da Fetraesc, então, fizeram questão de lembrar que a expressão “todos”, deve incluir também os professores.

Outros pontos bastante discutidos na reunião foram a carga horária e a saúde dos profissionais da Educação. A secretária adjunta de Comunicação da Fetraesc, Roberta Peinador, pontuou: “o professor sabe que existem atividades extraclasse. Ele só precisa ser devidamente remunerado por isso”. Roberta citou como exemplo a segunda chamada para entrega de provas e trabalhos, cujos valores são cobrados dos alunos mas não são repassados aos professores.




Ao tratar das questões relativas à saúde do trabalhador, o secretário de Organização da Fetraesc, Paulo Sérgio Ledra, do Sinproeste, foi além e utilizou as expressões “sobrecarga”, “terrorismo” e “desemprego”, verdadeiros fantasmas que rondam os profissionais da Educação. Visivelmente pressionado, o representante patronal soube apenas responder, de maneira desastrosa: “se o quadro é esse que os senhores estão pintando, todos têm a opção de mudar de profissão”.

Ao final da rodada, Paulo Sérgio Ledra propôs a reativação da Comissão Paritária, que a cada dois meses reuniria Fetraesc e Sinepe/SC para discussões. O presidente do Sinepe não negou, mas também não confirmou.

A próxima rodada de negociações acontece na próxima terça, dia 2, às 14 horas, também na sede do Sinepe/SC, em Florianópolis.

Fonte: Fetraesc